quarta-feira, 2 de junho de 2010

Igualdade já !!!





Deficientes tem dificuldades em se locomover


Em uma rua da Cidade Nova VI, o cadeirante Gleison Macedo tenta, em vão, passar com a cadeira por uma lombada. Próximo ao local,um senhor comenta com uma pessoa próxima: “Mas tem mesmo que existir a lombada, senão os carros passam em alta velocidade”. O outro rebate: “Sim, mas precisa ter uma adaptação para eles passarem”. Aos olhos do primeiro é uma simples lombada, colocada ali para diminuir o risco de acidentes. Ao segundo cabe a noção de acessibilidade, não tão comum à grande parte da população.

Gleison sabe bem como a acessibilidade é difícil para quem possui alguma limitação física. Ele diz que até evita sair de casa para não precisar enfrentar algumas dificuldades. “Se chove, por exemplo, eu vou me molhar todo porque não tem como subir na calçada”. Basta um simples teste e logo podemos constatar como é complicado ter acesso a alguns locais. Repare nas calçadas da sua rua. Normalmente cada uma é de um tamanho diferente, de alturas variadas. Para uma pessoa com deficiência esses caminhos são verdadeiros obstáculos.

Mas não são só as calçadas que representam dificuldades para os portadores de deficiência. Inclui-se a isso a falta de rampas, portas estreitas em repartições públicas e escolas, falta de elevadores, poucos ônibus adaptados, falta de semáforos sonoros, etc.

De acordo com Amaury Souza, diretor da Associação Paraense das Pessoas com Deficiência (APPD), por mais que tenham conquistado avanços, a cidade ainda está longe de ser considerada acessível. “Faltam muitas mudanças para atender as pessoas com deficiência”, diz. Quando fala em avanços, Amaury se refere às leis que existem para apoiar os portadores de necessidades especiais e defender seus direitos.Segundo Waldir Macieira, promotor do Idoso e da Pessoa com Deficiência, uma das ideias para promover a acessibilidade é adotar o “desenho universal” em construções de repartições públicas ou privadas. A partir deste desenho é possível construir um espaço que comporte condições de atendimento e locomoção para pessoas cadeirantes, deficientes visuais, obesos, entre outros.

O promotor destaca que entre as mudanças necessárias estão a construção de rampas, sinalização tátil, programas de computação que possam ser usados por pessoas com deficiência visual e ônibus adaptados. “Essas pessoas precisam de condições para que possam ter autonomia e independência”, afirma. Entre as conquistas, o promotor diz que já existem banheiros para pessoas com estatura reduzida e caixas nos bancos um pouco mais baixos e com sistema tátil. De acordo com Macieira, qualquer pessoa que se sinta desrespeitada pode pedir apoio ao Ministério Público do Pará, através da Promotoria da Pessoa com Deficiência.



DIFICULDADES

Para Gleison, que é presidente do Instituto de Pessoas Deficientes de Ananindeua (IPDA), os relatos de problemas enfrentados pela falta de acessibilidade são comuns no Instituto. “Tem gente que tropeça, cai em buracos, passa horas esperando por ônibus adaptados, que às vezes nem funcionam”, exemplifica.

Como dica para a população ajudar nesta questão, Gleison destaca o cuidado na hora de fazer uma calçada, para que não fique tão alta. “Quando construir lombadas é bom fazer dividida em duas, dando espaço para passar. Jogar entulho na rua também é complicado, pois precisamos desviar. Apesar de existir uma lei, nem sempre dá para exercer o direito de ir e vir”, conta. (Diário do Pará)

Fonte: Diário do Pará


Novas cédulas atendem necessidades de deficientes visuais


As novas cédulas de real lançadas pelo Banco Central, vão atender à demanda dos deficientes visuais e terão tamanhos diferentes e marcas em relevo que facilitam a identificação tátil.

"Já existiam demandas para que houvesse uma forma de os deficientes visuais identificar as cédulas", disse o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, ao fazer o anúncio da nova família do real.

Elas também terão recursos gráficos mais sofisticados que vão protegê-las de falsificação. Foram mantidos os elementos que já existiam, como a marca dágua, e outros foram redesenhados para facilitar a identificação e dificultar a falsificação.

"A população não precisa ir ao banco para trocar as cédulas. Elas [as atuais e as novas] vão conviver conjuntamente [até todas serem recolhidas]", disse Meirelles.

Nas notas de R$ 50 e R$ 100, que serão lançados até junho deste ano, foram incluídas faixas holográficas diferentes. Segundo o BC esse é um dos elementos mais sofisticados contra falsificação.

Chamadas de "segunda família de cédulas do real", as novas notas substituirão as atuais. As cores de cada nota foram mantidas, assim como os animais estampados nelas, mas o tamanho das cédulas vai variar de acordo com seu valor.

A substituição será feita aos poucos. No primeiro semestre de 2011 serão lançadas as cédulas de R$ 10 e R$ 20. Todas as novas cédulas estarão circulando até 2012.

Fonte: Agência Brasil

sexta-feira, 21 de maio de 2010

Se fosse o oposto ???



Acessibilidade - Siga essa idéia.



Projeto MOTRIX


O MOTRIX é um software que permite que pessoas com deficiências motoras graves, em especial tetraplegia e distrofia muscular, possam ter acesso a microcomputadores, permitindo assim, em especial com a intermediação da Internet, um acesso amplo à escrita, leitura e comunicação. O acionamento do sistema é feito através de comandos que são falados num microfone.

O uso do Motrix torna viável a execução pelo tetraplégico de quase todas as operações que são realizadas por pessoas não portadoras de deficiência, mesmo as que possuem acionamento físico complexo, tais como jogos, através de um mecanismo inteligente, em que o computador realiza a parte motora mais difícil destas tarefas. O sistema pode ser acoplado a dispositivos externos de home automation para facilitar em especial a interação do tetraplégico com o ambiente de sua própria casa.

O Motrix vem sendo desenvolvido no Núcleo de Computação Eletrônica da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) desde março/2002.

A coordenação do projeto é do Prof. José Antonio Borges


Conheça o MOTRIX

O que é tetraplegia?

Como o Motrix foi criado?

Funcionamento básico do Motrix

Usos e limitações atuais do Motrix

O MOTRIX na Imprensa

Depoimentos

Prêmios do projeto MOTRIX


Como obter uma cópia do Motrix

Clique aqui para obter o programa Motrix


Fonte: brasil.gov.br

PROJETO LIVRO FALADO


menina lendo para um menino cego

Nasceu com o objetivo de unir pessoas com deficiência visual e videntes através da literatura e do teatro. Somos apaixonados pelo livro e pela linguagem cênica. Acreditamos que a única coisa que podemos fazer nesta vida é nos humanizarmos, mas não se trata de humanidade por humanidade.

A base estrutural deste PROJETO é a qualificação tanto da pessoa com deficiência visual para a atuação na cena quanto do ledor voluntário para a feitura de livros falados. Nestes caminhos. buscamos criar encontros que primem pela riqueza artística onde o homem se eleve de sua condição básica. É disso que se trata este PROJETO: encontros que enriqueçam nossa humanidade.


Acesse: http://www.livrofalado.pro.br/

vejam só !!!


Entre as ações de defesa dos direitos humanos, políticas e programas de atendimento a pessoas idosas são as mais comuns nos municípios brasileiros. 60% das 5.565 cidades do país têm alguma ação voltada para esse segmento da população, informa a Pesquisa de Informações Básicas Municipais (Munic) divulgada no Rio de Janeiro pelo Instituto Brasileiros de Geografia e Estatística (IBGE).

O percentual é superior ao das políticas e programas voltadas para outros grupos referenciais. O atendimento socioeducativo para crianças e adolescentes, por exemplo, só é ofertado em 27,8% dos municípios; combate ao sub-registro civil em 24,8%; erradicação do trabalho forçado em 16,1%; plano de direitos humanos em 11,9%; políticas para egressos do sistema prisional em 5,1%; e programas voltados a lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais em apenas 2,3% das cidades.

A pesquisa não compara os dados com a faixa etária das populações locais, mas a coordenadora da Munic, Vera Pacheco, acredita que o resultado guarda relação com o envelhecimento da população e a renda de pensões e aposentadorias, importante para a economia de muitos municípios brasileiros, especialmente os menores.

'O fato da população com mais idade estar aumentando no Brasil e o fato dessa população participar da geração de renda do próprio município implica, sim, em políticas voltadas para o idoso', disse a coordenadora, salientando que as políticas visam não só a manter os idosos em atividade com garantir boa saúde para esse grupo populacional.

'O idoso que mantém a saúde em mínimas condições traz benefícios para o município. Além de economizar com atendimento hospitalar também participam da economia municipal. “Pessoas com saúde geram renda e trabalham para o próprio município', explica a coordenadora da pesquisa.

A Munic também levantou dados referentes à acessibilidade nas sede dos governos municipais, aspecto que interessa também aos portadores de deficiência. “A possibilidade de acesso à sede do poder Público Municipal é pré-requisito para a participação, em igualdade de condições, na administração pública”, ressalta o relatório da pesquisa.

Segundo a pesquisa, nenhuma prefeitura municipal no Brasil conta com todos equipamentos de acessibilidade medidos pelo IBGE, como rampa, elevadores, portas largas, sanitários acessíveis, telefone adaptado e pessoal capacitado para atendimento aos portadores de necessidades especiais.

Em mais da metade das prefeituras municipais (2.954) não há nenhum item de acessibilidade. Só há rampas de acesso para cadeirantes, por exemplo, em 1.426 sedes; calçadas rebaixadas em apenas 1.290 prefeituras; e sanitários acessíveis em 896.

Para Pedro Pontual, gerente de Indicadores da Secretaria de Direitos Humanos, a falta de acessibilidade nas sedes das prefeituras é uma 'barreira descriminatória” e tem a ver com a “invisibilidade” da demanda das pessoas portadoras de deficiência. A acessibilidade sempre foi um problema invisível no Brasil porque essas pessoas não saem de casa. E não saem de casa por quê? Porque não conseguem sair'.

Fonte: Agência Brasil


Bancos terão que adaptar caixas eletrônicos em Natal (RN) para portadores de deficiência


Os bancos de Natal (RN) precisarão adaptar os seus caixas eletrônicos para o uso dos portadores de deficiência físico-motora. A decisão faz parte da lei sancionada ontem pela prefeitura e publicada hoje no "Diário Oficial" do município.

Com a nova legislação, os caixas eletrônicos deverão ser instalados em áreas com espaço suficiente para a permanência e movimentação de usuários de cadeiras de rodas. Além disso, deverão ser construídos acessos adequados, com rampas e portas que permitam a passagem do cadeirante, eliminando-se obstáculos e desníveis nos pisos.

Segundo os números da Adefern (Associação de Deficientes Físicos do Rio Grande do Norte), 17,8% da população do Estado (cerca de 3,2 milhões de habitantes) tem algum tipo de deficiência.

"É um índice muito grande de pessoas com problemas de locomoção. Nossa luta pelo direito de ir e vir já dura muito tempo, e essa lei é uma conquista", disse o presidente da entidade, Décio Gomes Santiago, que também preside o Conselho Estadual da Pessoa com Deficiência. Ele não dispõe de dados sobre a capital.

Por meio da Secretaria Municipal de Comunicação Social, a prefeita Micarla de Sousa (PV) disse que Natal está avançando no que diz respeito à questão da acessibilidade, mas reconheceu que ainda há muito a fazer para acabar com a exclusão dos portadores de deficiência.

Para o vereador Ney Lopes Júnior (DEM), autor do projeto de lei sancionado pela prefeitura, "as pessoas com deficiência utilizam pouco os caixas eletrônicos da cidade, muitas vezes, por sentirem-se constrangidos e, infelizmente, inferiorizados". Segundo ele, esta era uma reivindicação antiga dos deficientes.

Os bancos natalenses têm um prazo de 60 dias, a partir de agora, para as adequações necessárias. Em caso de descumprimento a instituição financeira poderá pagar multa no valor de R$ 5.000 e terá suspenso o seu alvará de funcionamento.


Fonte:DANILO SÁ, colaboração para a Agência Folha, em Natal

Alguma dúvida.






quinta-feira, 20 de maio de 2010

YouTube dará suporte a deficientes auditivos



(Foto: Getty Images)

O YouTube tornará acessível aos deficientes auditivos mais de 10 milhões de vídeos. A empresa, que foi comprada pelo Google em 2006, vai inserir legendas automáticas em parte do material publicado no site multimídia.

O sistema usará a tecnologia do reconhecimento da fala, provavelmente o maior experimento no segmento realizado até o momento. A adaptação acontecerá, primeiramente, em uma pequena base de vídeos publicados no YouTube.

"A principal parte do DNA do YouTube é o acesso aos seus conteúdos", explicou Hunter Walk, diretor de gestão de produtos da empresa.

Abrir esse conteúdo para os deficientes auditivos é democratizar a informação e ajudar a promover uma maior colaboração e entendimento, disse Walk sobre o projeto de inclusão.

Inicialmente a ferramenta será inserida apenas em vídeos em inglês, entretanto a expectativa é de que versões para outros idiomas sejam lançadas nos próximos meses.

Em novembro de 2009, o YouTube começou a realizar os primeiros testes da ferramenta junto a parceiros, como a Universidade da Califórnia, Universidade de Berkley, Universidade de Yale e National Geographic.

Solução - A tecnologia por trás do reconhecimento da fala tem mais de 50 anos, mas só agora está aprimorada o bastante para ser usada em larga escala, explicou Mike Cohen, engenheiro do Google. "Eu tenho trabalhado com essa tecnologia há 25 anos", completou o engenheiro.

Cohen disse que atuou no projeto resolvendo uma variedade de problemas que incluía variação de sotaque, barulho externo, variação de linguagem, pronúncia etc.

O sistema ainda não está perfeito. Durante uma apresentação realizada por Ken Harrenstien, outro engenheiro do Google, o software trocou as palavras sim card por salmão, quando o executivo Vic Gundotra se referiu a uma reunião entre desenvolvedores.

Harrenstien tem trabalhado na tecnologia ao longo dos últimos 5 anos. Como parte da população que sofre de alguma deficiência auditiva, o engenheiro encara o lançamento da ferramenta como uma conquista pessoal.

Recepção - A reação dos deficientes frente ao anúncio do sistema de legendas automáticas foi bastante positivo.

Estudantes de uma escola especializada, na Califórnia, produziram um vídeo para mostrar o quão é importante uma ferramenta como essa para eles. "Nos sentimos como parte do mundo. Nos sentíamos excluídos", disse Angel Harrington. "Agora podemos entender completamente o que está a nossa volta. É como se estivéssemos em um campo e todos fossemos iguais", completou a estudante.

Ben Hubbard, da Universidade de Berkeley, disse que essa ferramenta abrirá caminhos para que mais de 500 cursos on-line sejam oferecidos a deficientes auditivos.

Fonte: Veja

Capa da cartilha; Turma participa da Semana de Valorização da Pessoa com Deficiência






segunda-feira, 17 de maio de 2010

Procure o Ministério Público toda vez em que for vítima ou tiver conhecimento de violências praticadas contra as pessoas idosas e com Deficiência.


Promotoria de Justiça de Defesa do Idoso e da Pessoa com Deficiência

Rua Ângelo Custódio, 36 - Anexo do Ministério Público - Cidade Velha

Tel: (91) 4008-0410


Fonte: Associação Nacional dos Membros do Ministério Público
de Defesa dos Direitos dos Idosos e Pessoas com Deficiência

ARCON responde.




Qual a legalidade do benefício da gratuidade no transporte intermunicipal de passageiros?


O benefício da gratuidade é garantido e regulamentado pelo Decreto nº3.947 de 24 de março de 2000.


Quais os usuários que possuem o direito a gratuidade no transporte intermunicipal de passageiros?


Os portadores de necessidades especiais, com reconhecida dificuldade de locomoção;
  • menores de 06 anos inclusive;
  • maiores de 65 anos;
  • policiais civis e militares e carteiros, quando em serviço.


Quais os documentos necessários para adquirir o bilhete de passagem da gratuidade no transporte intermunicipal de passageiros?


  • para o deficiente físico: atestado médico expedido pela Secretaria Estadual de Saúde do Estado - Sespa, em postos autorizados, que deve ser apresentado em original para a obtenção do bilhete, acompanhado de documento de identificação do beneficiário;

  • para os idosos acima de 65 anos: Certidão de nascimento, ou registro Geral, ou Carteira de Trabalho e Previdência Social-CTPS;

  • Para menores de 06 anos: Certidão de Nascimento ou Registro geral da criança;

  • para os policiais civis e militares e carteiros: autorização escrita em papel timbrado, subscrito pela autoridade policial competente, pela direção ou gerência da empresa de Correios e Telégrafos, conforme o caso, a ser entregue ao representante legal da empresa transportadora com antecedência mínima de 24 (vinte e quatro) horas ao horário regular de embarque, para emissão do respectivo bilhete.

A ARCON emite carteira para gratuidade?


Não, a ARCON não emite carteira para os usuários com direito a gratuidade.


Qual o direito do acompanhante?


O Decreto não faz referência a acompanhante, portanto não tem direito ao benefício.


Qual a quantidade de vagas nos veículos destinadas a gratuidade?


As empresas transportadoras obrigam-se a destinar 15% do número total de assentos dos ônibus, em cada viagem, aos passageiros com direito a gratuidade. Em média, os ônibus rodoviários possuem 46 assentos, então, 07 assentos são reservados aos passageiros da gratuidade. Nos ônibus com 20 assentos, 01 é do passageiro gratuito, no caso dos alternativos.


Qual a exigência para o passageiro com direito a gratuidade para ter direito ao bilhete de passagem e garantir a viagem?


O passageiro ou seu representante legal deve dirigir-se com antecedência mínima de 30 (trinta) minutos antes do horário da viagem, exceto policiais e carteiros , aos locais de venda de passagens ou guichês das empresas transportadoras, para, havendo vaga no ônibus, retirar seu bilhete.



Quando não houver guichê nos pontos de parada, o passageiro com gratuidade pode embarcar?


Sim, a entrega do bilhete é feita pelos motoristas ou cobradores dentro dos veículos.



IMPORTANTE
Procure em primeiro lugar a concessionária ou operadora regulada pela ARCON-PA. Se você ficar insatisfeito com a resposta ou com o atendimento, procure a Ouvidoria desta Agência através de
uma das formas de contato.
Ligação Gratuita

TRANSPORTE

0800-911717
ENERGIA
0800-2869117
E-mail
ouvidoria@arcon.pa.gov.br
Telefone e Fax
(91) 3213-3467
Correspondência Postal
Rua dos Tamoios, nº 1578 - Batista Campos
Belém - Pará - Brasil - CEP: 66025-540
Atendimento na ARCON
Horários de funcionamento da ARCON-PA: 8h00 às12h30 e 14h00 às 16h00, segunda e terça-feira pela tarde não há atendimento ao público.


Faça valer seu direito !!!

Fonte: ARCON-PA

Moda para deficientes físicos une ciência e estilo


CLAUDIO R. S. PUCCI

Aqui está uma situação que você já passou milhares de vezes: experimentar uma roupa antes de comprá-la. No que você vai prestar atenção? Se ela está dentro dos padrões ditados pelas tendências da moda, se as cores ficam bem em você e se o caimento no corpo é perfeito, certo? Essas mesmas preocupações foram levadas em conta pelo estilista na hora de desenvolver a peça. Só que com um detalhe básico: ele ou ela imaginou como aquela bela roupa ficava em você de pé. Agora pense bem se esse caimento é o mesmo se você passa sua vida sentado. Ou caminhando com a necessidade de apoio. A resposta é, provavelmente, não.

Esse tipo de pensamento é o que rege a criação de quem trabalha com moda ergonômica e busca soluções em design e engenharia voltadas para pessoas que apresentem algum tipo de paralisia parcial no corpo ou até mesmo deficiência visual. "Não é a moda que diverge e, sim, a forma como ela é pensada, as técnicas de construção de uma peça. Ela tem que ser elaborada em cima de outra realidade, para no final você não notar que ela é diferente e principalmente deve dar uma qualidade melhor e um aumento de autoestima no indivíduo portador de deficiência", afirmou Fátima Grave, professora do Centro Universitário Belas Artes e pesquisadora na área de Modelagem Ergonômica junto à Fundação Selma, uma ONG de apoio a deficientes


    Coleção apresenta moda inclusiva Foto: Claudio R. S. Pucci/Especial para Terra

I.












nclusão social na moda

Foto: Claudio R. S. Pucci/Especial para Terra

Uma das maiores especialistas nesta área no Brasil, Fátima apresentou sua coleção em um desfile realizado durante a 9ª Feira Internacional de Tecnologias em Reabilitação e Inclusão em São Paulo, que contou ainda com a participação do ator Ricardo Ciciliano, o professor Serjão de Malhação, da TV Globo, e um dos voluntários mais ativos da Fundação Selma. Desenvolver esse tipo de trabalho em moda não é baseado somente em intuição e, sim, em normas da física. "Tudo está de acordo com as três leis de Newton. O indivíduo fica de pé porque sofre um empuxo da natureza. A sua roupa também sofre a ação da gravidade só que o caimento dela é dominado também pelo corpo. Quando você trabalha com alguém parcialmente paralisado, tem de fazer essa leitura e buscar onde está o ponto de gravidade do corpo, para que lado ele pende, e para que lado o tecido é dominado. Ou seja, se eu descubro pontos gravitacionais, consigo alterar o caimento da peça porque eu estou agindo contra a natureza em busca de um casamento perfeito", disse Fátima.

A estilista está fazendo uma parceira com a empresa portuguesa Weadapt, criada em 2005 e voltada para a moda inclusiva. Um de seus representantes e professor da Universidade de Minho, Miguel Ângelo Carvalho, explicou como essa ciência funciona na prática: "Pensamos muito na funcionalidade. Por exemplo, não há sentido em um cadeirante usar calças com bolsos traseiros, porque não tem utilidade. O comprimento de um paletó ou blaser, por outro lado, não é o mesmo de uma peça comum, porque a pessoa fica sentada o tempo todo. Isso gera desconforto para ela. Da mesma maneira como você não veste uma roupa adulta tamanho G em uma criança, tem que adequar a moda a uma pessoa com deficiência."

Outro lado interessante pesquisado pelos estilistas é a autonomia de quem vai por e tirar aquela peça de roupa. Novas tecnologias são estudadas para facilitar abotoamento, zíperes e soluções de abertura nas roupas, mas que nunca sejam visíveis ao olhar. "O deficiente não quer ser diferente. A moda é igual para todos", disse Miguel. E a inspiração vem justamente do contato com os portadores de deficiências, médicos, fisioterapeutas e centros de reabilitação. São eles quem informam o que é preciso fazer para que a vida seja mais fácil, confortável e, porque não dizer, mais bonita.

Grande mercado, nenhuma oferta

O Brasil possui cerca de 30 milhões de pessoas portadoras de alguma deficiência física, segundo dados oficiais. E apesar deste enorme mercado potencial (que atinge também familiares), não há oferta dessa moda inclusiva em nenhuma grande rede brasileira. Fátima e Miguel estão trazendo a Weadapt para cá ainda este ano, com vendas pela internet, mas buscam criar parcerias com lojas que entendam a seriedade deste trabalho e que se disponham a investir em uma coleção voltada a deficientes.

E em tempos onde responsabilidade social se tornou uma forte ferramenta de marketing e imagem empresarial, e muitas vezes é confundida com plantar árvores, é de se estranhar que até agora ninguém tenha se manifestado a favor desse segmento. A edição brasileira da Feira Internacional de Tecnologias em Reabilitação e Inclusão é a terceira maior do mundo e foi a oitava vez que Fátima mostrou sua coleção ao público. Grandes marcas da indústria automobilística como Honda, Toyota, Volkswagen e Fiat marcaram presença no evento. Está realmente faltando alguma da área de vestuário. A moda para deficientes trabalha o que é bom para os olhos, seguindo as tendências do momento e ainda com técnicas do corpo e pode ser uma ferramenta de reabilitação de pessoas. Mais "vendedor" e "marqueteiro" que isso, impossível.

Fonte: Terra


Desinformação.





Já aconteceu com você ???

Novas tecnologias facilitam vida de deficientes


Entre as novidades que vão estar na feira que começa nesta quinta em São Paulo, um computador com teclado virtual e um carro especial


Uma feira de tecnologia, que será aberta nesta quinta-feira, em São Paulo, vai apresentar o que há de mais novo na tentativa de facilitar a vida dos portadores de deficiência.


Pra usar o computador, basta olhar pra ele. O movimento da cabeça mexe o cursor na tela. As piscadinhas ou até a boca fazem o clique em cima da letra, no teclado virtual. Sem precisar das mãos, as palavras vão aparecendo.

“Esse usuário vai ter todos os movimentos da face enxergados por essa câmera. Essa câmera permite navegar na internet, fazer pesquisas, participar de redes sociais, qualquer outro tipo de
aplicativo de computador”, explicou a gerente de comunicação Fabiana Rosa.

Os aparelhos para surdez estão ficando menores e mais inteligentes. Um deles se adapta ao volume do som ambiente. “Quando o paciente se encontra num lugar mais ruidoso, então o aparelho vai aplicar uma compressão pra fazer com que esse ruído não cause um desconforto pra audição do paciente”, informou a fonoaudióloga Patrícia de Rissio.

Paola Klokler é jogadora de basquete, mas só agora vai poder treinar em equipamentos adaptados. “Precisava sempre de uma pessoa pra me colocar nos equipamentos, me tirar dos equipamentos”, contou.

Talvez um dos maiores símbolos de independência pra quem tem deficiência física seja a capacidade de dirigir um carro, de ir aonde quiser. E, graças à engenharia, pessoas com limitações mais graves estão tendo a chance de fazer isso.

Alan Mazzoleni ficou tetraplégico depois de um acidente. Nesta quarta-feira, ele testou um carro com equipamentos especiais: o volante tem encaixe pro punho, o freio e o acelerador ficam numa alavanca. Foi uma experiência única.

“Eu nunca dirigi. Essa é a primeira vez na minha vida toda. É fantástico. Estou quase querendo trocar pela minha cadeira de rodas. Pena que eles não vão querer né?”, brincou.

Fonte:Globo.com